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sábado, 23 de março de 2013

A Perseverança dos Salvos

Os que creem que um salvo poderá eventualmente vir a se perder, de fato não compreendem que a perseverança daqueles que uma vez creram genuinamente em Cristo nada mais é do que uma consequência da graça salvadora que lhes foi concedida e que, portanto, em nada depende deles [dos salvos] (Efésios 2:8-10; Judas 1:24). Um salvo jamais deixará de perseverar, pois tal atitude lhe é “intrínseca” por sua nova natureza em Cristo, em perfeita comunhão com o Espírito Santo de Deus (Gálatas 2.20). A perseverança dos santos é parte indissociável da graça salvífica que lhes alcançou, mediante a fé no Senhor Jesus. Contudo, esta [a perseverança] não é a garantia de que o salvo, se permanecer fiel, alcançará a salvação, MAS A PROVA DE QUE ELE É SALVO.
 
Por outro lado, não podemos deixar de relacionar a perseverança às boas obras, pois nelas [nas boas obras] se encerram a “prova externa” da fidelidade do salvo. Não é à toa que em sua epístola universal Tiago escreve que a “fé sem obras é morta”. Em outras palavras, aquele que verdadeiramente crê [em Cristo] deverá perseverar, isto é, mostrar através das boas obras que é salvo, do contrário, como diz o texto, sua fé é morta, o que significa que ele nunca foi salvo. Entenda: O crente genuíno, aquele a quem as Escrituras chamam de “nova criatura”, não faz esforço algum para andar em boas obras. Esta é uma característica inerente de todos os que “nasceram de novo”, os quais não nasceram senão da vontade de Deus (João 1:13) e, por isso, vivem sob a direção de Seu Espírito. Você é capaz de explicar o milagre do novo nascimento? Pois é,... Ninguém pode! A Bíblia diz que “O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, MAS NÃO SABES DONDE VEM, NEM PARA ONDE VAI; ASSIM É TODO AQUELE QUE É NASCIDO DO ESPÍRITO (João 3:8). Aqueles que insistem em afirmar a “insegurança da salvação”, como se fora esta “dependente” da perseverança do próprio salvo à parte da obra do Espírito de Deus, devem primeiro buscar explicar [Será que conseguem?] aquilo que – pela vontade de Deus – jamais será dado conhecer em sua plenitude até que aqueles que por Ele foram selados com o Espírito Santo, o “penhor de sua herança [do salvo]” (Ef. 1:14), estejam com Ele em glória e o vejam como Ele é (1 João 3:2; 1 Coríntios 13:12). E devemos lembrar que este conhecimento será concedido somente aos verdadeiramente salvos, os quais, embora no mundo, NÃO PERTENCEM A ELE [ao mundo] (João 17:16). Pense nisso!
 
D. S. Castro.

terça-feira, 19 de março de 2013

COMPREENDER com o coração e se converter para ser curado [do pecado]

Você acha que é salvo todo aquele que confessa publicamente a Cristo como seu salvador, afirmando que crê Nele? A Bíblia diz que: “Se, com a tua boca, confessares ao Senhor Jesus e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo.” (Romanos 10:9). Veja que a passagem é categórica: “se [...] em teu coração, creres [...]”. O versículo seguinte deste mesmo capítulo de Romanos diz “que com o coração se crê para a justiça e com a boca se faz confissão para a salvação”. Será que todos que abertamente declaram que creem em Cristo, o fazem de coração? Afirmar que Cristo é o seu salvador e que crê Nele, não é prerrogativa para declararmos alguém salvo. Na verdade somente Deus pode fazê-lo, pois somente Ele conhece (sonda) os corações (Provérbios 21:2). Além disso, o restante do verso 9 diz que devemos “crer [com o coração] que Deus o ressuscitou [o Senhor Jesus] dos mortos”. Nem todos creem desse modo. Existem inúmeras seitas e grupos cristãos que não acreditam que Cristo ressuscitou dentre os mortos, ou ainda, pervertem o propósito de Seu sacrifício na cruz, e assim ensinam a seus adeptos. Devemos ainda notar que o crer com o coração e a confissão da boca devem seguir de um entendimento correto acerca da morte e ressurreição de Cristo. Tomando emprestado o que Jesus disse em Mateus 13.15, ao dirigir-se aos judeus incrédulos dentre o povo, devemos “COMPREENDER com o coração e nos convertermos para que sejamos curados [do pecado]”, isto é, declarados salvos. E isto significa muito mais do que simplesmente afirmar crer diante dos homens e confessar com a boca. Antes de orar por alguém que deseja entregar sua vida a Cristo, aqui vai uma dica: procure estar certo de que você declarou a essa pessoa TODA A VERDADE DO EVANGELHO [e não somente o que lhe parecer mais conveniente naquele momento]. Somente então, seguida de sua [dela] confirmação de que compreendeu o que acabou de ouvir e ainda quer prosseguir com sua [dela] decisão, entregue-a a Cristo, pedindo a Ele que a confirme entre os salvos, dando certeza ao seu coração [dela]. Cristo não nos ordenou que declarássemos ninguém salvo, pois somente Ele pode fazê-lo [Você já leu nas Escrituras Pedro, Paulo ou qualquer dos apóstolos declarando alguém salvo?]. Sua ordem expressa [de Jesus] foi de que fizéssemos discípulos [para Ele, é claro!] (Mateus 28.19), e um discípulo nunca será, de fato, um salvo, até que o próprio Senhor assim o declare intimamente, ao seu próprio coração. Pense nisso!
 
D. S. Castro.