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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

A Apologética (Cristã) é Prejudicial à Igreja?!

 

ALGUÉM COM QUEM DEBATI CERTO DIA, me disse um tanto indignado: "A Apologética é destrutiva, ela divide, causa inimizades, não contribui com o crescimento da igreja...".
 
Não exporei aqui a pessoa e nem a resposta que dei à sua infeliz declaração; apenas farei uma breve análise de seu posicionamento com respeito ao assunto à luz das Escrituras.
 
Em primeiro lugar, devo esclarecer que ao referir-se à Apologética, o autor desta “máxima” tinha em mente a Apologética Cristã, pois era disto que estávamos tratando.
 
Pois bem, a Apologética é de fato "destrutiva, divide, causa inimizades e não contribui com o crescimento da igreja"? A resposta não pode ser outra senão um uníssono "DE MODO ALGUM"!
 
Se isto é verdade, perguntamos: O quê a Apologética destrói exatamente? Em que sentido ela divide? Que espécie de inimizade ela causa? E por que ela seria um empecilho ao crescimento da igreja? As respostas serão dadas ao final do texto.
 
Em segundo lugar, devemos reconhecer que seria bastante estranho que a legítima defesa da fé cristã causasse tantos prejuízos ao Corpo de Cristo, visto que as Escrituras nos recomendam a “batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos” (Judas 3). Portanto, ou a Bíblia está errada, ou os que pensam que a Apologética é um empecilho à causa de Cristo, de fato, não sabem o que ela representa e qual o seu propósito no compete à fé e à sã doutrina.
 
Ninguém honestamente poderia negar que o apóstolo Paulo foi um grande defensor da fé cristã e, portanto, um apologeta (talvez o maior de todos). Ele repreendeu aos cristãos coríntios por sua tentativa de formar “facções” dentro da igreja (1 Coríntios 1:12; 3:4); censurou energicamente os gálatas por estarem tentando, por meio da circuncisão, “justificar-se pelas obras lei”, aos quais também declarou que os que assim procediam “da graça haviam caído” (Gálatas 5:4); reprovou de igual modo a atitude dos colossenses por ainda insistirem em se apegar “aos rudimentos do mundo”, mesmo já havendo eles “morrido com Cristo” (Colossenses 2:20-23); exortou Timóteo a manter uma postura firme em defesa da fé e da sã doutrina (2 Timóteo 4:1-5), e assim por diante.
 
Paulo, sempre preocupado com as igrejas locais por onde passou, chegou até mesmo a dizer:
 
“Eu de muito boa vontade gastarei, e me deixarei gastar pelas vossas almas, ainda que, amando-vos cada vez mais, seja menos amado” (2 Coríntios 12:15).
 
E aos efésios, o apóstolo dos gentios admoestou:
 
“Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo” (Efésios 4:13-15).
 
Tito também foi enfático ao declarar:
 
“Retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os contradizentes" (Tito 1:9).
 
Diante tais declarações (e de muitas outras), não nos parece razoável crer que a Apologética seja algo negativo no seio do verdadeiro cristianismo.
 
POR OUTRO LADO, sob uma perspectiva mais coerente com as Escrituras, podemos em certo sentido afirmar que a apologética realmente é “destrutiva”, “divide” e até mesmo “causa inimizades”, porém, ela jamais será um obstáculo para o crescimento da igreja. Pelo contrário, é o exercício da genuína Apologética que manterá a igreja pura e livre dos fermentos doutrinários daqueles que têm tentado perverter o Evangelho.
 
Mas alguém dirá: “Você não acabou de afirmar que a Apologética não é “destrutiva”, não “divide” e nem mesmo “causa inimizades”?”. Não se apresse... Isto não é linguagem ambígua!
 
Note que, sob a ótica bíblica, a Apologética pode ser considerada como “destrutiva” no sentido de que por meio de sua correta aplicação por aqueles a quem Deus levantou com o propósito de defender a fé, ela é capaz de aniquilar os ardilosos ensinos dos inimigos da Cruz; sua ação efetiva também poderá causar “divisão”, porém não no Corpo de Cristo; de fato, por meio de uma Apologética bíblica e responsável, os crentes fiéis serão verdadeiramente conhecidos dentre aqueles que furtivamente têm se infiltrado no seio da igreja para disseminar heresias de perdição (1 Coríntios 11:19; 2 Pedro 2:1, etc.). Além disso, a verdadeira Apologética cristã não está dissociada da pregação do genuíno Evangelho, de sorte que ela certamente produzirá “inimizade”, porém não entre os verdadeiros servos do Senhor, mas entre a igreja e o mundo (2 Coríntios 6:14; 1 Tessalonicenses 5:5; etc.).
 
Lamentavelmente, muitos “crentes” hoje já não valorizam mais este tão importante aspecto (na verdade, um dever) do testemunho cristão, a saber, a defesa da fé e da sã doutrina. A tolerância indiscriminada “dá o tom” do cristianismo atual. Poucos são os que com coragem e ousadia têm se levantado em defesa da pureza doutrinária. Vivemos em meio a uma geração cristã apática, acomodada, de braços cruzados. Muitos são os que, a despeito de se dizerem cristãos, não apenas têm promovido uma deplorável “unidade” que faz graves concessões a doutrinas fundamentais do Evangelho, como há tempos têm andado de mãos dadas com o pecado e o mundo. A esta eclética e antibíblica filosofia que impera em nossos dias o que importa de fato é unicamente a promoção de um amor subjetivo, cego e acrítico, onde não há mais lugar para o necessário exercício do juízo (com sobriedade e discernimento) sobre o pecado com vistas a corrigir os que andam no erro. O exemplo dos bereanos (Atos 17:11) já não é mais uma opção viável em meio a este lamentável cenário; sobretudo quando a conveniência fala mais alto.
 
Para os crentes fiéis, no entanto, a Apologética está longe de ser vista como prejudicial à igreja (como já destacamos acima), e embora tenha se tornado uma persona non grata para a “igreja” atual, e uma ameaça à unidade global que preparará o cenário para os acontecimentos finais, ela jamais foi tão necessária quanto hoje.
 
E em cumprimento ao que Paulo escreve a Timóteo, temos visto diante de nossos olhos a decadência da “igreja” dos últimos dias:
 
Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas (2 Timóteo 4:3-4).
 
O que seria, portanto, da verdadeira, santa e imaculada igreja de Cristo sem a APOLOGÉTICA?
 
Em Cristo,
 
D. S. Castro 

domingo, 14 de dezembro de 2014

A Pergunta Que Alguns Gostariam de Fazer-me!

SE ALGUÉM ME PERGUNTASSE: "Porque tanta "intolerância" e "ódio" para com aqueles que discordam de "você"?",

Eu responderia:

Não sou "intolerante", mas ZELOSO pela Verdade! Além disso, não "odeio" as pessoas, mais ABOMINO o engano e a mentira (ainda que não intencionais, mas algumas vezes movidos por ignorância e falta de discernimento).

Estaria eu querendo dizer com isso que sou o "dono da Verdade"? De forma alguma, pois JAMAIS afirmei isso. Os apressados é que "deduzem" isso ERRONEAMENTE a meu respeito (Será que "erroneamente" mesmo? Deus o sabe!). Além disso, até mesmo o mais estúpido dos homens sabe que afirmar-se "o dono da Verdade" é PRESUNÇÃO, porém dizer "eu conheço a Verdade", DEFINITIVAMENTE NÃO!

Alguém então dirá: "A verdade é algo pessoal. O que é verdade para mim pode não ser para os outros!". NÃO... ABSOLUTAMENTE! Isso NÃO é Verdade!

A Verdade não é uma questão de gosto ou preferência pessoal! Senão vejamos: Prefiro um carro na cor azul e um amigo na cor vermelha. Isso NADA têm a ver com Verdade! Gosto de futebol e outro amigo adora automobilismo. Essas questões em NADA estão relacionadas à Verdade!

Agora experimente dizer: "Não há verdade absoluta!", e em seguida reflita e responda a si mesmo: "Não acabei eu de estabelecer um absoluto?".

Não há, meus caros, como fugir nem mesmo à lógica e à mais pura razão tentando negar a genuína Verdade que é sobre todas as "verdades", pois se tentarmos fazê-lo cairemos inevitavelmente em um abismo de contradições! O que podemos apenas admitir, portanto, é que ela, A VERDADE, única e exclusiva, inabalável e imutável... SEMPRE existiu, mesmo que muitos de nós não A tenhamos alcançado ou mesmo A compreendido ainda. E cabe a cada um de nós a responsabilidade de busca-la!

Para finalizar esta pequena reflexão, tomo emprestadas as palavras do salmista, apenas para reforçar o que declarei no primeiro parágrafo desta breve resposta dirigida àqueles que porventura tenham cogitado fazer-me a pergunta formulada acima: “AS AFRONTAS DOS QUE TE AFRONTAM [RECAEM] SOBRE MIM” (Salmo 69:9b).

Em Cristo,

D. S. Castro.

sábado, 6 de dezembro de 2014

A melhor defesa (algumas vezes) é o “ataque”!

(Nota: Será que terminarei "sozinho"? Se acontecer, confesso que ainda assim sairei no lucro, pois coisa muito pior aconteceu com Paulo e tantos outros que jamais se calaram diante da afronta dos que disseminavam heresias de perdição a sua época, pervertendo a fé de muitos).
 
Como disse certa vez o grande Zagallo (o “Velho lobo”), fazendo-nos lembra de um antigo provérbio português, “A melhor defesa é o ataque!”.
 
O interessante é que, no que diz respeito à defesa da fé e da sã doutrina, esta declaração um tanto “absurda”, parece ser uma estratégia até mesmo aceitável do ponto de vista bíblico. Não é atoa que Paulo, ao tomar ciência das heresias de Himeneu e Fileto, confronta seus ensinos citando-lhes até mesmo o nome (2 Timóteo 2:17-18). Não estaria Paulo “atacando” para defender? Ou estaria apóstolo sendo rude, “deselegante”, ou mesmo “antiético” ao agir com tal “rispidez”? O mesmo Paulo que teve a “audácia” de repreender a Pedro “na cara” por mostrar-se o mesmo “repreensível” (Gálatas 2:11-13). Para os padrões demasiadamente tolerantes de nossos dias, muitos dirão que sim, porém, segundo os padrões bíblicos no que compete a desmascarar aqueles que têm pervertido o Evangelho, NÃO!... Absolutamente!
 
Pois bem... embora estejamos atualmente envolvidos em outros projetos que precisam ser concluídos, em breve teremos que lidar com um assunto igualmente importante e que nos tem tomado alguns anos de estudo: o Adventismo. Não debateremos por hora a questão (o que já temos feito em outras ocasiões). Contudo, quando iniciarmos (e somente quando iniciarmos), todos os “contra-argumentos” serão bem vindos. E a todos responderemos, com a graça de Deus!
 
Como prova de nossa total isenção ao tratar do tema, citaremos fontes e materiais do próprio movimento. E para dar uma amostra disto, recomendamos àqueles que desejarem constatar a visão proselitista deste pseudo-cristianismo, o seguinte livro de Mark Finley (adventista). Nele, o leitor poderá conhecer algumas das estratégias utilizadas por eles (pelos adventistas) para arrebanhar protestantes, evangélicos, católicos e membros de diversos outros segmentos religiosos para dentro do aprisco adventista. Abaixo, fotos de um exemplar que adquiri para estudo há alguns meses.
 
Quanto aos crentes (e cristãos) que acham que o movimento adventista é apenas mais uma das incontáveis denominações evangélicas espalhadas mundo afora, CUIDADO! Nem tudo é o que parece!
 
D. S. Castro.
 
 

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Os ciscos de Poeira de Spurgeon

 
Atente, agora, para alguns trechos da resposta dada por John Piper em uma entrevista divulgada tempos atrás pelo site desiringGog.org à seguinte pergunta: “Deus predeterminou cada pequeno detalhe do universo, como partículas de poeira no ar e, preciso adicionar aqui (disse o entrevistador), todos os nossos pecados que nos afligem?”.
De modo bastante objetivo, Piper diz: Sim!... e prossegue, citando Spurgeon:
“Há uma grande citação de Spurgeon sobre ciscos de poeira. Você pode nem saber o que é um cisco de poeira, mas quando eu me levanto de manhã no meu quarto, tem uma janela ao lado da cama... e um raio de luz estará brilhando por ela, em certas épocas do ano quando me levanto... ao olhar através da escuridão, eu não vejo nada, mas quando eu olho através do raio [de luz] eu vejo a poeira no quarto. Ela está flutuando... E Spurgeon diz que cada uma dessas partículas está mantendo sua posição e movimentando-se no ar pela ordenação de Deus [ele quer dizer, na verdade, pré-ordenação]... tal aleatoriedade não é aleatória para Deus. Deus não paga o mínimo imposto para manter cada partícula sub-nuclear em seu [devido] lugar[i] (os colchetes são meus).
Quanto à segunda parte da pergunta com respeito “aos pecados que nos afligem”, ele então afirma:
“Isso significa que, sim, cada coisa horrível e cada coisa pecaminosa é, no final das contas, governada [preordenada] por Deus[ii] (os colchetes são meus).
E mencionando Atos 4:27-28, ele afirma que, Herodes, Pilatos, os Judeus e os Gentios:
“foram todos reunidos para fazer o que a mão de Deus e o plano de Deus predestinaram para que acontecesse na morte de Jesus, você têm o plano e a mão de Deus predestinando os pecados mais horríveis já cometidos...[iii].
Seria isto o que, de fato, nos ensinam as Escrituras? Talvez a alguns, as palavras de Piper, em certos aspectos, pareçam uma explicação possível e bastante racional para os atos soberanos de Deus no que se refere a manter o controle de seu universo e a cumprir Sua perfeita vontade. Mas não se enganem, pois a loucura de seus argumentos não encontra, de fato, qualquer apoio bíblico! Ela é fruto de uma falsa lógica somada a uma descarada deturpação das Escrituras. No capítulo 5, sob o título “A Negação do Livre-Arbítrio – Não Há Espontaneidade no Universo?”, trataremos com mais detalhes sobre o assunto.
Por hora, diante de tantas e tão graves declarações de afronta ao caráter do verdadeiro Deus da Bíblia, só nos resta concluir que o “Deus” calvinista é verdadeiramente um monstro, um farsante, um diabólico “programador” que se deleita em estabelecer todas as diretrizes e parâmetros “necessários” para causar cada ação de suas criaturas (por mais hediondas que sejam) para que elas cumpram exatamente aquilo que lhe apraz. E tudo isto, creem alguns, dando-lhes uma falsa sensação de liberdade que, de fato, jamais existiu. E como diria Dave Hunt, enfatizando a presunção elitista de alguns calvinistas, eles têm o orgulho de afirmar: “Ninguém pode entender o calvinismo. Somente a nós [os eleitos] foi dado compreendê-lo!”. Como se algum calvinista pudesse seguramente se colocar entre “os eleitos”!



[i] Deus determinou cada pequeno detalhe do universo, inclusive o pecado?, John Piper, link para o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=P_hK5LXaYpI
[ii] Ibid.
[iii] Ibid.
 
 
[Trecho do próximo livro. Título ainda não será divulgado. Texto não finalizado e não revisado]

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Vai perder a oportunidade de conhecer um pouco sobre o que esnsinam os calvinistas?!


terça-feira, 14 de outubro de 2014

UM ALERTA CONTRA O CALVINISMO!

O Calvinismo em geral prega a responsabilidade do homem, mas não consegue conciliar a ideia com a soberania de Deus.
 
De fato, dentro da teologia Calvinista isso é impossível, visto que o Calvinismo historicamente nega o livre-arbítrio humano, alegando que Deus já predeterminou todas as coisas, inclusive o “erro do digitador”, como diz Dave Hunt em seu livro ‘Que Amor é Esse? – A Falsa Representação Calvinista de Deus’, onde o autor refuta bíblica e racionalmente as alegações desse sistema teológico.
 
É inescapável o fato de que a óbvia implicação disso é que Deus até mesmo predeterminou e, portanto, desejou o próprio pecado, causando inclusive a queda do homem, como honestamente admitem alguns Calvinistas mais fervorosos.
 
Diante de tais dilemas, o Calvinismo costuma alegar ser tudo um “mistério” – oculto nos “secretos conselhos de Deus”, e muitos de seus seguidores não se sentem nem um pouco constrangidos em afirmar que Deus até mesmo já escolheu aqueles a quem iria salvar e aqueles a quem condenaria ao tormento eterno para "louvor de Sua glória", alegando ser este o “claro” ensino bíblico.
 
A igreja precisa urgentemente abrir os olhos para este sistema teológico sectário e antibíblico que ressurgiu com força total nestes últimos tempos promovido por proeminentes líderes evangélicos (em sua maioria reformados) em resposta aos abusos cometidos contra a genuína Mensagem de Cristo pelos deploráveis movimentos carismático e neopentecostal, conquanto seja ele (o Calvinismo) uma afronta ao caráter de Deus.
 
Inúmeros cristãos parecem ainda estar alheios ao fato de que este sistema que perverte o Evangelho vem sorrateiramente se infiltrando no seio da igreja por meio de maciças campanhas em sites, blogs e comunidades "cristãs" fazendo-se passar pela "genuína" mensagem da Cruz, quando de fato, nada mais é do que uma clara distorção das boas novas de salvação para TODO aquele que crê (Romanos 1:6)!
 
Está mais do que na hora, portanto, de muitos cristãos começarem a questionar-se à luz das Escrituras não apenas com respeito às suas próprias experiências espirituais, mas também no que compete a avaliar honestamente tudo aquilo que seus líderes lhes têm apresentado como as "doutrinas da graça" em sua mais "clara e pura" expressão.

Nem tudo é o que parece. E todo cuidado é pouco!

D. S. Castro.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

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domingo, 12 de outubro de 2014

O Verdadeiro Deus de Amor Em Busca do Verdadeiro Amor [Trecho do próximo livro]

[...]
 
Com respeito aos esternos propósitos [de Deus]... primeiramente, devemos atentar para o fato de que o Deus da Bíblia não é apenas soberano no que se refere a Seus atributos pessoais e incomunicáveis. Ele também é infinitamente misericordioso, justo, compassivo, longânimo, e o próprio amor. Todos os atributos divinos são perfeitos. Deus é perfeitamente soberano, perfeitamente e infinitamente misericordioso e compassivo, perfeito em longanimidade e justiça, e o perfeito amor em sua mais pura e imaculada forma. Além disso, todos os Seus atributos estão em perfeita harmonia. Não há qualquer dissonância entre eles. Em outras palavras, Deus não é soberano, em detrimento de seu amor, ele não é misericordioso, a despeito de sua justiça e nenhum de seus atributos se sobrepõe aos demais. Deus é um Ser perfeito em sua santa e eterna natureza.
 
Em segundo lugar, mesmo antes da criação de todas as coisas, Deus jamais esteve sozinho em toda a eternidade. Devemos lembrar que nosso Deus é um Deus triuno, isto é, sua natureza compreende três pessoas divinas: O Pai, o Filho (que na eternidade passada era a Palavra, e que há Seu tempo tornou-se o homem Jesus Cristo, possuindo hoje as duas naturezas, a divina e a humana) e o Espírito Santo (Gênesis 1:26; João 1:1; 1 João 5:7-8).
 
Se pararmos um pouco para refletir, veremos que antes da criação do universo (e isto inclui o próprio tempo), desde a eternidade passada, o primeiro atributo eternamente manifesto na Trindade divina foi o amor. Em Lucas 3:22, o Pai diz acerca do Filho: “Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo”. Em João 3:35 e 5:20, somos informados de que o Pai ama o Filho (Leia também João 17:24). E certamente, aquele que glorifica a Cristo, a saber, o Espírito Santo (João 16:13-15) ama e é amado pelo Pai e pelo Filho. Portanto, não há dúvidas de que Deus – mesmo antes da criação dos exércitos celestiais, de cujos detalhes, pela vontade divina, privam-nos as Escrituras – sempre conheceu o amor. E mais do que isto, as três pessoas da Trindade divina expressam o verdadeiro e mais puro amor (sua perfeita essência), cuja natureza é insondável para a limitada mente humana.
 
Contudo, a despeito de nossa limitada compreensão, Deus nos deu uma prova inequívoca de Seu eterno amor ao entregar Seu próprio Filho, que voluntariamente se ofereceu para morrer em nosso lugar (grande é este mistério), garantindo o único meio possível de salvação, segundo Sua perfeita justiça, para todo aquele que crê. E não encontrando uma palavra capaz de expressar a grandeza imensurável deste amor, o apóstolo João (o amado do Senhor), sob a inspiração do Espírito Santo, escreveu a única sentença cabível ao limitado entendimento humano com respeito ao amor de Deus por todo o mundo: “de tal maneira” (João 3:16).
 
Diante do exposto, é possível que tenhamos agora uma visão mais clara acerca dos eternos propósitos de Deus para a Sua criação, o que inclui certamente uma escolha livre por parte de suas criaturas.
 
Desde a eternidade passada, por sua própria e soberana vontade o Deus triuno que é amor, ensejou criar um universo perfeito, onde suas criaturas pudessem experimentar este mesmo sentimento que as três pessoas da Trindade divina nutrem entre si deste toda a eternidade: o perfeito amor. Para isso, seria necessário que Deus criasse um universo moralmente compatível com Seu perfeito caráter revelado por meio de Seus atributos pessoais (amor, bondade, justiça, misericórdia, compaixão, sabedoria, longanimidade, etc.). Assim, a despeito das discussões filosóficas acerca dos universos possíveis, não restam dúvidas de que somente um universo com criaturas moralmente livres e capazes de experimentar livremente um genuíno, perfeito e eterno amor – tal qual o amor manifesto entre Pai, Filho e Espírito Santo – cumpriria com este propósito. De fato, o verdadeiro amor só pode ser experimentado por meio de uma genuína liberdade de escolha. Deus não queria que suas criaturas experimentassem um amor artificial, nelas implantado por Ele de modo arbitrário. Ele poderia fazer assim? Claro que poderia! Mas esta nunca foi Sua intenção. Além disso, Deus também queria ser amado por suas criaturas unicamente por Ser quem Ele é, e este amor deveria ser autêntico e espontâneo, e não “programado”, como a criar alguns para amá-lo e outros para odiá-lo, como ensina o calvinismo, embora tentem negá-lo.
 
Em Sua presciência (algo que não têm sentido algum dentro do sistema calvinista), Deus sabia que seres dotados de uma liberdade moral e capazes de fazer escolhas livres poderiam decidir rejeitá-lo e se rebelar contra Ele. Contudo, como já deixamos claro a algumas páginas atrás, o livre-arbítrio não é a causa efetiva do mal, e sim potencial. Deus sabia que fazendo uso de seu livre-arbítrio, Lúcifer iria se rebelar e levantar-se contra Seu trono. Ele também sabia que a serpente tentaria a mulher e que o homem iria sucumbir ao pecado desobedecendo Sua ordem expressa para que não comesse da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gênesis 2:16; 3:2). Deus não foi pego de surpresa, e muito menos resolveu se arriscar criando seres livres sem saber o que, de fato, ocorreria. Não! Deus certamente sabia deste a eternidade passada os rumos que tudo o que houvera criado tomaria, porém, Ele jamais foi a causa necessária de qualquer evento subsequente à concessão de uma vontade livre às suas criaturas. A presciência de Deus é um atributo incomunicável da divindade (assim como sua Soberania), algo que nenhum outro ser por Ele criado possui. Tal atributo permite que Ele conheça antecipadamente cada ação, palavra ou pensamento de suas criaturas sem, contudo, causá-las. Lembre-se que Deus criou o tempo e, por isso, está fora dele. Deus não ocupa um lugar no espaço físico quadridimencional, pelo que Ele jamais esteve sujeito ao tempo. Tal entendimento está perfeitamente de acordo com as Escrituras (1 Reis 8:27; Atos 17:24; João 4:24; 1 Coríntios 15;44; 1 Timóteo 6:16; etc.). Os calvinistas, porém, parecem não conseguir enxergar isso.
 
O fato de Deus estar ciente de tudo o que ocorreria à sua criação, não o impediu de efetivar aquilo que Sua perfeita vontade planejou, desde a eternidade passada, para todos os homens (Mateus 25:34; Efésios 1:4; 1 Pedro 1:20; Apocalipse 13:8; 17:8). É exatamente aqui que encontramos o porquê de Deus haver posto em ação Seu plano criativo. Como afirmamos antes, em outros termos, Deus intentava ter eternamente a Seu lado criaturas que o amassem verdadeira e genuinamente por Ser Ele Aquele que as “amou primeiro” (1 João 4:19). Criaturas que nutram por Ele o mesmo amor que Ele demonstrou por toda a humanidade (João 3:15-16). E nada poderá frustrá-lo em Seus eternos propósitos de reunir eternamente para Si aqueles que verdadeiramente o amam. No final de tudo (na consumação dos séculos), Deus terá diante de Seu trono não somente um exército de anjos que, fazendo uso de sua livre-escolha, decidiram amá-Lo e permanecer fiéis a Ele quando da rebelião de Lúcifer, como também uma incontável multidão de verdadeiros crentes, que por sua livre e espontânea escolha passarão a eternidade louvando e engrandecendo o Seu Santo Nome (Apocalipse 19:5-7; 21:23-27). Ninguém dentre aqueles que por toda a eternidade estarão diante Dele nos céus, estará ali por que Ele o “programou” para amá-Lo. De igual modo, os que passarão a eternidade no inferno, não foram alvos de Sua rejeição arbitrária, mas estarão ali, por que decidiram fazer mal uso do livre-arbítrio que Deus lhes concedeu para rejeitá-Lo e rebelar-se contra Ele.
 
Note, portanto, leitor, que o livre-arbítrio é um dom, isto é, um bem moral que Deus concedeu a todas as suas criaturas dotadas de um senso racional consciente. E uma vez mais repetimos: o livre-arbítrio não é a causa efetiva, isto é, objetiva do mal. Pelo contrário, o livre-arbítrio é um bem dado por Deus a todos os seres morais criados por Ele. No entanto, fazendo mal uso deste maravilhoso presente divino, o qual denota uma legítima liberdade de escolha, algumas de Suas criaturas decidiram confrontá-Lo, arruinando (apenas temporariamente) Sua perfeita criação.
 
Finalizo este tópico, me dirigindo a todos com as seguintes palavras: Deus quer ser amado de modo genuíno e espontâneo por todas as Suas criaturas, e não porque condicionou somente alguns a isto. Um amor autêntico e espontâneo requer uma liberdade incondicional de escolha. Pergunte a si mesmo: Você que é esposo e pai, sente-se realmente obrigado a amar sua mulher e filhos? E você, meu caro irmão calvinista, realmente crê que Deus o “programou” para amar sua família e que Ele realmente “preordenou” que alguns homens e seres por Ele criados cometessem os mais hediondos crimes que depõem contra Sua própria santidade? Sinceramente, não compreendo como a mente e a consciência humana sejam capazes de mostrar traços de misericórdia, justiça, amor, e compaixão mais elevados do que os padrões divinos? Isto seria uma afronta ao caráter do verdadeiro Deus da Bíblia, além de um completo absurdo!
 
[...]
 
D. S. Castro.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Divulgação - "O Dízimo e o Sábado" (Chamada para a TV local)


Afinal, o "dízimo" é do Senhor ou do "Pastor"?

Em Malaquias 3:10, o Senhor diz a Israel (e não à Igreja!):
 
“Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda esta nação (Israel, e não a Igreja!). Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa”.
 
Muitos “pastores”, julgando-se os legítimos “sucessores” dos sacerdotes levitas, ou como alguns costumam dizer, os “levitas da Nova Aliança”, adoram citar a passagem em apreço para requerer dos crentes o que afirmam “pertencer ao Senhor”, a saber, os dízimos, conquanto eles (os ditos “pastores”) julguem-se os responsáveis por administrá-los, dizem eles, “conforme a necessidade da igreja”. Sim, pois conforme interpretam, em Números 18:24, o Senhor diz: “os dízimos dos filhos de Israel... tenho dado por herança aos levitas”, conquanto a maioria deles evita o restante do verso: “porquanto eu lhes disse: No meio dos filhos de Israel nenhuma herança terão”. Só por curiosidade, façamos uma adaptação desta passagem utilizando os termos próprios da Nova Aliança sob a qual se encontra hoje a igreja, inclusive da parte em geral omitida pela maioria dos ditos “pastores”. Creio que teríamos algo, mais ou menos, como segue: “os dízimos dos crentes em Cristo... tenho dado por herança aos “pastores”, porquanto eu lhes disse: No meio dos crentes nenhuma herança terão.
 
Embora pareça estúpido e até mesmo irônico tal “ajuste” feito em Números 18:24 por este que vos escreve, na prática, porém, de modo convenientemente sutil, é exatamente o que muitos “pastores” e líderes cristãos de hoje estão fazendo parecer. Não estariam de fato eles adaptando as Escrituras àquilo que lhes parece mais propício?
 
Por outro lado, tratando ainda desta esdrúxula, porém, elucidativa adaptação que fiz da passagem em questão, poderíamos nos perguntar: Que herança teriam os demais crentes, a qual é negada aos ditos “pastores” a quem o Senhor supostamente entregou todos os dízimos dos cristãos? Inúmeras passagens falam de modo inequívoco da herança dos crentes em Cristo, conquanto sempre enfatizando tratar-se de uma herança celestial e nunca terrena, como a que foi prometida especificamente a Israel no Antigo Testamento. Em 1 Pedro 1:3-4, por exemplo, nos é dito: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, Para uma herança incorruptível, incontaminável, e que não se pode murchar, guardada nos céus para vós”. Seria esta a herança dos crentes à qual seus “pastores” não têm direito por haver Deus supostamente dado a eles a “prerrogativa” de receber os dízimos daqueles? Estou certo de que todo este confuso arrazoado não tem o menor cabimento, embora não duvide que muitos “pastores” já têm recebido seu galardão nesta terra e há muito perderam o “direito” a esta “herança incorruptível, incontaminável, e que não se pode murchar, guardada nos céus para os verdadeiros crentes”. No entanto, o objetivo destas linhas é mostrar que não há fundamento bíblico nenhum para o que muitos “pastores” e até mesmo “teólogos”, muito dos quais, de renome, estão fazendo! Tomar textos do Antigo Testamento em que Deus fala especificamente ao povo israelita para “formular doutrinas” que supostamente se aplicam à igreja, é uma afronta não somente ao claro ensino das Escrituras, mas também à própria ortodoxia dispensacional – que estabelece à luz da Bíblia uma clara distinção entre a nação israelita e a Igreja, com promessas distintas para ambas (terrenas para Israel e celestiais para a Igreja) – e, sobretudo, uma desproposita agressão ao bom senso e à inteligência dos crentes mais esclarecidos.
 
Por isso, queridos irmãos e irmãs dizimistas, embora vocês julguem não ser de “vossa conta” (um ledo engano de sua parte, permita-lhe alertá-lo!), responda a você mesmo esta sincera pergunta: o dízimo que você julga ser um dever ou obrigação de todo o crente e que você tem regularmente entregado no “templo” de sua denominação, “pertence realmente ao Senhor” ou, de fato, “ao seu Pastor”? Seu “pastor” tem realmente administrado de modo justo e adequado o que você tem posto em suas mãos? Lembre-se de que na Antiga Aliança não eram apenas os levitas os beneficiários dos dízimos. Além disso, é interessante notar que não eram apenas os levitas que administravam todos os dízimos dos filhos de Israel, mas em geral o próprio dizimista! (Deuteronômio 14:28-29). Isto nos leva, portanto, a seguinte indagação: Dos pelo menos três “tipos” de dízimos mencionados no Antigo Testamento qual deles deveríamos praticar hoje e com que regularidade? De fato, jamais se poderá chegar a um consenso quanto a isto, o que honestamente deveria nos levar a admitir que não estamos mais debaixo deste preceito!
 
Por um cristianismo autêntico,
 
D. S. Castro.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Livro "Debatendo com os CALVINISTAS"

(Uma Compilação de Debates Pessoais sobre o Calvinismo)
 
 
Dos debates travados pelo autor com alguns seguidores da doutrina Calvinista, alguns dos quais, mostraram-se amigáveis e solícitos a refletir biblicamente sobre seu sistema doutrinário, embora outros, por sua vez, demonstraram uma debochada arrogância e um presunçoso orgulho de verdadeiros "fanáticos religiosos", são apresentados neste volume apenas os que se desenrolaram no Facebook, todos na íntegra, isto é, sem cortes ou edições (exceto algumas eventuais correções ortográficas).
 
O leitor poderá acompanhar o desenvolvimento das discussões, exatamente na ordem em que transcorreram seguidas eventualmente de notas dirigidas a você (leitor), com vistas a esclarecer certos pontos abordados nos comentários e determinadas situações ocorridas no calor das discussões. Este livro, portanto, não é um compêndio sobre o Calvinismo, mas apenas uma compilação de debates e “debates” em que foram abordados alguns dos pontos fundamentais da doutrina Calvinista, e visa dar ao leitor uma pequena ideia acerca deste sistema irracional e antibíblico, cujos seguidores afirmam ser o próprio evangelho em sua “mais clara e pura expressão” (segundo afirma o Calvinista Leonard Coppes).
 
Portanto, o que por hora é apresentado pelo autor, é uma intensa batalha em defesa da genuína verdade do Evangelho e do próprio caráter do verdadeiro Deus da Bíblia, que não apenas é soberano, mas também é amor, graça, misericórdia e compaixão. Um Deus que ama verdadeiramente todos os homens e a todos oferece uma genuína oportunidade de Salvação.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

O "Elias" dos Últimos Dias?

(Uma Breve Análise Bíblica a Respeito do "Desafio" de Bill Keller).
 
 
É lamentável ver como muitos crentes hoje superestimam os sinais e maravilhas em detrimento da simples e ousada pregação do Evangelho. Longe de mim questionar a sinceridade, a fé e o compromisso de Bill Keller com a causa de Cristo, provavelmente motivadas por sua justa indignação com as afrontas terroristas dos partidos islâmicos, contudo, sua atitude, não demonstra maturidade e discernimento quando confrontada com o claro ensino das Escrituras.

Primeiramente, devemos lembrar que o “EVENAGELHO DE CRISTO... é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” (Romanos 1:16) e que hoje (diferente dos tempos da lei), Deus nos fala por intermédio de SEU FILHO (Hebreus 1:1). Isto não significa, entretanto, que os milagres, sinais e prodígios que Deus certamente é capaz de operar não encontrem seu lugar dentro do viver e da experiência cristã diária, pois Cristo mesmo nos disse que “estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão” (Mateus 16:17). Contudo, “estes sinais“ a que Cristo se refere “seguirão aos que crerem”, e não são, necessariamente, a razão pela qual o ímpio crerá. Em João 2:24 lemos sobre certa vez em que Cristo, estando em Jerusalém por ocasião da Páscoa “durante a festa, muitos, vendo os sinais que fazia, creram no seu nome. Mas o mesmo Jesus não confiava neles, porque a todos conhecia”, pois [Ele] “não necessitava de que alguém testificasse do homem, porque ele bem sabia o que havia no homem”. De fato, muitos dos que seguiam a Cristo, estavam apenas “vislumbrados” com os sinais que Ele operava. E temos a prova deste fato claramente registrada em João 6:32-69 quando muitos daqueles que O seguiam ao serem confrontados por Ele com a verdade e essência do Evangelho, simplesmente debandaram, ainda que tenham presenciado muitos sinais operados pelo Senhor.

Em segundo lugar, os sinais que Deus é e sempre será capaz de realizar apenas provam que Ele é Deus e deve ser temido e não são essencialmente indispensáveis para levar o homem à fé (ao menos não deveriam ser). Quando Cristo se mostrou aos doze após haver ressuscitado, sabemos que Tomé não creu até que O viu e O tocou. No entanto, a ele Cristo disse: “Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram” (João 20:29). Sinais e prodígios não podem ser a base de nossa fé. Nossa fé deve estar firmada na Pessoa e na obra redentora de Cristo.

Em terceiro lugar, temos provas mais do que suficientes no Antigo Testamento de que os sinais e prodígios realizados por Deus no meio do povo de Israel não foram suficientes para mantê-los obedientes e fiéis ao Senhor. Em Números 14:22, por exemplo, lemos:

“E disse o SENHOR: Conforme à tua palavra lhe perdoei. Porém, tão certamente como eu vivo, e como a glória do SENHOR encherá toda a terra, E QUE TODOS OS HOMENS QUE VIRAM A MINHA GLÓRIA E OS MEUS SINAIS, QUE FIZ NO EGITO E NO DESERTO, E ME TENTARAM ESTAS DEZ VEZES, e não obedeceram à minha voz, Não verão a terra de que a seus pais jurei, e nenhum daqueles que me provocaram a verá”.

E o escritor aos Hebreus (que creio ter sido Paulo) falando sobre as muitas vezes em que o povo israelita tentou a Deus no deserto, nos diz:

“Portanto, como diz o Espírito Santo: Se ouvirdes hoje a sua voz, Não endureçais os vossos corações, Como na provocação, no dia da tentação no deserto. Onde vossos pais me tentaram, me provaram, E viram por quarenta anos as minhas obras”. (Hebreu 3:7-9).

Em quarto lugar, a Bíblia claramente nos adverte “Não tentarás o Senhor teu Deus” (Mateus 4:7; Lucas 4:12). Pôr Deus à prova, fazendo um “acordo” com os ímpios e requerendo deles que se dobrem perante o Senhor caso tenham uma prova de que Ele é o verdadeiro e único Deus por meio de sinais e prodígios, não implica simplesmente em desafiar o ímpio em si, mas ao próprio Deus. Isto é o mesmo que tentá-lo! Além disso, no contexto de 1 Reis 18, não vemos Elias fazendo qualquer acordo com os profetas de Baal de que se Deus derramasse fogo do céu, eles deveriam abandonar o seu falso deus e se converter ao verdadeiro Deus de Israel. Ao contrário disto, todos foram mortos pelos israelitas (versos 39 e 40). Em outras palavras, Elias não pôs em “risco” sua fé desafiando (isto é, tentando) a Deus. Acaso Elias disse que adoraria a Baal se ele lançasse fogo do céu? Elias fez, porventura, um acordo com os falsos profetas de Baal de que ele (Elias) o serviria caso os clamores destes fossem atendidos por seu falso deus? Não, o propósito de Elias, certamente sob o aval de Deus, era repreender o povo israelita que, a despeito de todos os sinais que Deus já lhes havia dado desde de sua libertação da escravidão no Egito, estavam servindo a um falso Deus! [Leia o contexto e entenderá!]

Em quinto e último lugar, não há como negar que nos últimos dias (os quais já são uma realidade para nós) até mesmo Satanás teria poder quase que ilimitado para realizar sinais e prodígios para enganar os que rejeitaram o amor à verdade. Por que razão Paulo diria aos gálatas: “Mas, ainda que nós mesmos ou UM ANJO DO CÉU VOS ANUNCIE OUTRO EVANGELHO ALÉM DO QUE JÁ VOS TENHO ANUNCIADO, seja anátema” (Gálatas 1:8)? E o próprio Senhor Jesus nos adverte: “Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, E FARÃO TÃO GRANDES SINAIS E PRODÍGIOS QUE, se possível fora, enganariam até os escolhidos” (Mateus 24:24). Além disso, a quem Cristo dirá abertamente naquele grande dia: “Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade” (Mateus 7:23)? Não será àqueles que tentarão justificar-se diante Dele expondo os sinais e maravilhas que operaram em Seu nome?

O discernimento e a sobriedade parece não ter mais lugar na vida de muitos Cristãos. Mas a Bíblia nos diz que no final dos tempos seria assim (1 Timóteo 4:1; 2 Timóteo 4:3,4).

Portanto, quanto a Keller, do qual não questiono a idoneidade, pois, de fato, não o conheço, sua atitude não me parece plausível com o compromisso que cada crente deveria assumir apenas com o ide de Cristo (Marcos 16:15) e com a suficiência do Evangelho pregado com ousadia e intrepidez, pois este sim (o Evangelho), como dito antes, “é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” (Romanos 1:16).

Acho que Bill Keller pode estar “brincando com fogo”!

Em Cristo,

D. S. Castro.

Link para a notícia: http://noticias.gospelprime.com.br/pastor-desafio-elias-califa-estado-islamico/

domingo, 24 de agosto de 2014

"Pequena Coletânea APOLOGÉTICO-DOUTRINÁRIA". Em breve!

Em breve, novo livro: "Pequena Coletânea APOLOGÉTICO-DOUTRINÁRIA" (Compilação de Alguns Pequenos Ensaios, Artigos, “debates” e Pensamentos Pessoais em Defesa das Eternas Verdades das Escrituras).
 
Enquanto continuo trabalhando em um livro sobre o calvinismo (projeto de médio a longo prazo), surgiu a ideia de reunir em um pequeno volume impresso, alguns pequenos textos e pensamentos produzidos ao longo dos últimos 6 anos e que representam uma parte daquilo que Deus tem me inspirado a escrever acerca de algumas questões relativas à fé e a sã doutrina. Boa parte do material que comporá a obra, em especial os artigos, fazem parte do que tenho publicado em meu blog.
 
E... antes mesmo do livro sobre o calvinismo, mencionado acima, já estou verificando a viabilidade de lançar uma compilação de meus debates sobre o assunto, neste e em outros canais, os quais também serão subsídio para o que virá pela frente... se Deus o permitir. é claro!
 
Creio que escrever em defesa do Evangelho tem sido a forma que Deus me concedeu para cumprir com o ministério que Ele me tem confiado com imparcialidade e isenção.
 
Assim prosseguirei... enquanto tiver forças e tempo para fazê-lo.

Em Cristo,
 
D. S. Castro.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Livro 'O Dízimo e o Sábado' publicado no Clube de Autores!


Dizem que "todo homem neste mundo deve fazer, no mínimo, três coisas: ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro". Pois bem, só me resta agora plantar uma árvore (risos).

Confesso que escrever este livro foi fácil! Porém, para muitos, lamentavelmente, será extremamente difícil lê-lo e verem-se confrontados com a verdade acerca de tão "espinhoso" assunto, sobretudo, entre os evangélicos! Contudo, estou certo de haver cumprido com o propósito que Deus me confiou, e isto me basta. Não tenho dúvidas de que fui guiado por Sua poderosa mão ao tratar do tema com sobriedade, discernimento e total isenção, embora não me tenha Ele privado do direito de usar uma "pitada" de bom humor, sarcasmo e ironia.

Portanto, aos que tiverem "estômago" para encarar a verdade de modo imparcial recomendo a leitura desta modesta contribuição ao discernimento bíblico acerca da questão do dízimo!

Um abraço a todos e fiquem na Paz de Cristo!

D. S. Castro.

Link para adquirir o livro:

terça-feira, 29 de julho de 2014

Deus, Adão e Eva, e Abraão guardaram o Sábado?

"As Sutilezas do Sabatismo"


A incoerência sabatista parece não ter limites! O abuso de passagens das Escrituras com vistas a sustentar a falaciosa ideia de que os cristãos devem guardar o sábado, além de desonesta, chega a ser até mesmo “ingênua” (entre aspas).

Afirmar que Deus guardou o sábado, que e Adão e Eva, e até mesmo o patriarca Abraão o fizeram é tão estúpido e convenientemente infantil que não podemos nos calar diante de tamanho disparate e afronta às Escrituras.
 
Pois bem, vamos por partes! Fazendo uso de Gênesis 2:2 (E havendo Deus acabado no dia sétimo a obra que fizera, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito), os sabatistas insistem que Deus guardou o sábado! Pergunto honestamente a você leitor esclarecido: É isto o que a passagem nos diz? O fato de haver Deus “descansado” no sétimo dia da criação significa que Ele guardou este dia?
 
Em primeiro lugar, devemos notar que existe uma grande diferença entre os verbos “descansar” (no sentido de repousar) e “guardar” um preceito (no sentido de cumpri-lo). Além disso, pergunto: Como devemos entender a expressão “Deus... descansou no sétimo dia”? Será que Deus pode, de fato, cansar-Se tal qual o homem? De modo algum! Esta palavra, a saber, descansou, quando aplicada a Deus, o que ocorre unicamente nesta passagem (vs. 2 e 3), tem um sentido completamente distinto daquele aplicado a nós. O que o texto nos quer realmente transmitir é a ideia de que Deus simplesmente cessou sua atividade criativa no sétimo dia, e nada mais! Seria um absurdo entendermos que Deus cansou-se verdadeiramente e, por isso, necessitava descansar, como nós, seres humanos, eventualmente necessitamos! Para corroborar o que afirmamos, cito a seguir o mesmo texto transcrito a partir do hebraico pela editora Sêfer em sua Bíblia Hebraica (em português): “e Deus terminou no 7º dia toda a obra que fez e cessou de fazê-lo no 7º dia. E Deus abençoou o 7º dia e santificou-o, porque nele cessou toda Sua obra, que Deus criara para fazer” (Gênesis 2:2-3). De igual modo, é oportuno perguntarmos: Será que o fato de haver Deus se “arrependido” de haver feito o homem (Gênesis 6:6) deve ser entendido como um erro que Deus cometera por haver-nos criado? (Deixo esta com você, leitor!).
 
Em segundo lugar, note que Deus não cessou sua ação criativa no sexto dia, mas no sétimo! Veja com bastante atenção o que diz o texto: E havendo Deus acabado no dia sétimo a obra que fizera, descansou no sétimo dia”. Deus somente terminou sua obra no sétimo dia (e não no sexto!), o que indica que Ele ainda trabalhou neste dia, e somente após concluir (no sétimo dia) sua obra, Ele então “descansou”. Além disso, para sermos coerentes com a suposta ideia de que Deus alguma vez guardou o sábado, devemos admitir que Ele o guarda até hoje! O que é um completo absurdo! O próprio Senhor Jesus declarou: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (João 5:17). E sabe em que contexto Cristo afirmou estas palavras, caro leitor? Veja o que nos é dito a alguns versos anteriores neste mesmo capítulo do evangelho de João: Então os judeus disseram àquele que tinha sido curado: É sábado, não te é lícito levar o leito. Ele respondeu-lhes: Aquele que me curou, ele próprio disse: Toma o teu leito, e anda. Perguntaram-lhe, pois: Quem é o homem que te disse: Toma o teu leito, e anda? E o que fora curado não sabia quem era; porque Jesus se havia retirado, em razão de naquele lugar haver grande multidão. Depois Jesus encontrou-o no templo, e disse-lhe: Eis que já estás são; não peques mais, para que não te suceda alguma coisa pior. E aquele homem foi, e anunciou aos judeus que Jesus era o que o curara. E por esta causa os judeus perseguiram a Jesus, e procuravam matá-lo, porque fazia estas coisas no sábado(João 5:10-16). No verso 18, também lemos: Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não só quebrantava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus”. Ficou claro? (Com a palavra os sabatistas!).
 
Os sabatistas também costumam fazer uso do verso 3 de Gênesis 2 para afirmar que Adão e Eva também guardavam o sábado. O verso 3 diz: E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que Deus criara e fizera”. A base para tal alegação é o fato de haver Deus abençoado e santificado o referido dia. Sejamos honestos: Será que vemos aqui alguma ordem prescritiva, sequer implícita, para que Adão e Eva guardassem o sábado? Vemos aqui Deus recomendando a eles que cumprissem este preceito? O fato de Deus haver abençoado e santificado o sétimo dia, não implica que Adão e Eva devessem guardá-lo como um mandamento divino! Isto não passa de pura especulação! O que nos deixa chocado é ver que os sabatistas não se importam nem um pouquinho em agirem de modo desonesto, chegando até mesmo a ir até mesmo além do que escrito (Veja 1 Coríntios 4:6). Ademais, há muitas coisas que Deus santificou quando da lei dada por Ele ao povo israelita, e que nós cristãos não somos obrigados a cumprir (Leia Êxodo 13:2,12; Números 3:13; 8:17; 16:37-38; 18:17; 2 Crônicas 36:6; Lucas 23:3).
 
Quanto a Abraão, afirmam os sabatistas, baseados em Gênesis 26:5, que o patriarca também guardava o sábado. Veja o que diz o texto: Porquanto Abraão obedeceu à minha voz, e guardou o meu mandado, os meus preceitos, os meus estatutos, e as minhas leis. O argumento até pareceria convincente, não fosse por dois pequenos detalhes. Primeiramente, Abraão jamais foi ordenado por Deus a guardar o sábado. O único sinal do Pacto que Deus estabeleceu com o patriarca era a circuncisão. Veja o texto: Disse mais Deus a Abraão: Tu, porém, guardarás a minha aliança, tu, e a tua descendência depois de ti, nas suas gerações. Esta é a minha aliança, que guardareis entre mim e vós, e a tua descendência depois de ti: Que todo o homem entre vós será circuncidado. E circuncidareis a carne do vosso prepúcio; e isto será por sinal da aliança entre mim e vós. O filho de oito dias, pois, será circuncidado, todo o homem nas vossas gerações; o nascido na casa, e o comprado por dinheiro a qualquer estrangeiro, que não for da tua descendência. Com efeito será circuncidado o nascido em tua casa, e o comprado por teu dinheiro; e estará a minha aliança na vossa carne por aliança perpétua. E o homem incircunciso, cuja carne do prepúcio não estiver circuncidada, aquela alma será extirpada do seu povo; quebrou a minha aliança. (Gênesis 17:9-14; Ver também 21:4). Onde vemos Deus ordenando a Abraão a guardar o sábado, ou mesmo o patriarca cumprindo este preceito? Ir além do que está escrito, não é, como já vimos, uma atitude nada honesta! Em segundo lugar, em hipótese alguma podemos concluir que a expressão “guardou o meu mandado, os meus preceitos, os meus estatutos, e as minhas leis referindo-se ao patriarca – esteja relacionada à lei mosaica (ou mesmo ao decálogo), lei esta, dada a Israel (sua descendência) séculos após a morte de Abraão. Não creio que os sabatistas sejam tão estúpidos para insinuarem isto! Tal “suposição” seria um disparate sem precedentes.
 
A conveniência sabatista é tamanha que não raras vezes sequer conseguem enxergar “um palmo diante do nariz”. E a petulância de alguns destes grupos chega a ser tão frígida a ponto de considerarem-se os legítimos “remanescentes” de Apocalipse 12:17. Mas será que de fato é assim? Quem são os verdadeiros remanescentes mencionados nesta passagem. Para a entendermos, precisamos considerar não apenas seu contexto imediato, como diversas outras passagens correlatas (estas serão apenas mencionadas). Vejamos o que está escrito em Apocalipse 12:13-17: E, quando o dragão viu que fora lançado na terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho homem. E foram dadas à mulher duas asas de grande águia, para que voasse para o deserto, ao seu lugar, onde é sustentada por um tempo, e tempos, e metade de um tempo, fora da vista da serpente. E a serpente lançou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, para que pela corrente a fizesse arrebatar. E a terra ajudou a mulher; e a terra abriu a sua boca, e tragou o rio que o dragão lançara da sua boca. E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao remanescente da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo”. Agora, leitor, atente para a expressão a mulher que dera à luz o filho homem, pois é nela que está a chave principal para o correto entendimento acerca do remanescente mencionado no verso 17. Observe que é dito que esta “mulher” deu à luz ao filho do homem (a saber, Jesus Cristo), e no verso 17 é dito que o dragão (Satanás) foi fazer guerra ao remanescente DA SUA SEMENTE [da “mulher”], os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo. Portanto, uma coisa está clara: este remanescente NÃO pode se referir à igreja, pois a ela não é o remanescente DA SEMENTE desta “mulher”, e no desenrolar dos fatos relatados nesta passagem, a igreja já não estará mais na terra, antes, ela já terá sido arrebatada e estará no céu (Lucas 21:35; 1 Coríntios 15:51-52; 1 Tessalonicenses 4:17; 5:3-11; Apocalipse 3:10). Agora vejamos! Esta “mulher” deu à luz a Jesus Cristo, e seu remanescente [que poderíamos chamar de os irmãos de Cristo em seu sentido literal] guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus Cristo, isto é, são fiéis a Ele, POIS O RECONHECERAM COMO SEU MESSIAS. Aqui as coisas ficam mais claras, pois no que se refere à “mulher” a linguagem é, de fato, figurativa (daí o uso que fizemos das aspas). Portanto, a “mulher” não é Maria, a mãe do homem Jesus Cristo (isto é, de sua natureza humana). E então? Quem é esta mulher? Não há dúvidas: Esta “mulher” é a NAÇÃO DE ISRAEL e seu remanescente são os ISRAELITAS (isto é, os filhos da nação de Israel, a qual é a “mulher” aqui), os quais crerão em Cristo no fim dos tempos, em meio a Grande Tribulação (Ver também Zacarias 12:1-14; Romanos 9:27; João 19:36-37; Apocalipse; Apocalipse 1:7; 7:4-8, etc.). Apesar disso, a arrogância de alguns grupos sabatistas é tamanha que eles sequer ruborescem ao distorcer passagens das Escrituras para acomodar suas doutrinas antibíblicas, querendo-se fazer passar pelo que não são.
 
Outra falácia sabatista é a de que os salvos guardarão o sábado perpetuamente. A base para isto eles dizem estar em Isaías 66:22:23. Vejamos o que diz o texto: E também deles tomarei a alguns para sacerdotes e para levitas, diz o SENHOR. Porque, como os novos céus, e a nova terra, que hei de fazer, estarão diante da minha face, diz o SENHOR, assim também há de estar a vossa posteridade e o vosso nome. E será que desde uma lua nova até à outra, e desde um sábado até ao outro, virá toda a carne a adorar perante mim, diz o SENHOR.
 
Não é preciso ser um teólogo ou erudito nas Escrituras, para perceber que este texto não está sequer insinuando que os salvos guardarão o sábado. Nem sequer há necessidade de nos aprofundarmos na correta interpretação desta profecia (deixarei a cargo do leitor pesquisar!). Apenas atentemos para a expressão “desde uma lua nova até à outra, e desde um sábado até ao outro, virá toda a carne a adorar perante mim, diz o SENHOR(v. 23). Pergunto a você, leitor: As expressões em destaque transmitem a ideia de que o sábado, em especial, será guardado pelos salvos? Pelo contrário, o que Deus está afirmando aqui, por intermédio do profeta Isaías, é que não haverá (assim como hoje também não há!) um dia especial para adorá-lo, pois “DESDE uma lua nova até à outra e DESDE um sábado até ao outro, todos os santos de Deus o adorarão, isto é, todos os dias, continuamente, sem interrupção, etc.
 
A despeito de tudo o que aqui expomos, a teologia sabatista chega até mesmo a afirmar que não há salvação para aqueles que não guardam o sábado, e que a “guarda do domingo” é a marca da besta! (Este é o ensino dentre alguns destes grupos). Por isso, não se engane, leitor! Apesar de muitos sabatistas não admitirem – alguns por desconhecimento, outros por que não concordarem com tal ideia, conquanto estejam em confronto direto com sua própria doutrina – este tem sido o claro e antibíblico ensino dos mais proeminentes líderes dos movimentos sabatistas deste a sua fundação. Pesquise por si mesmo e verá!
 
Por um cristianismo autêntico,
 
D. S. Castro.